Já está oficialmente lançado o livro do grande pesquisador espírita Carlos Bernardo Loureiro. O lançamento oficial aconteceu durante o seminário “A Visão Espírita da Morte”, no último dia 22 deste mês, à presença de pessoas interessadas no estudo sério acerca do fenômeno da morte – apenas mais uma etapa na existência do Espírito.
Quem estiver interessado em adquirí-lo, pode enviar um email para contato@institutocbl.com.br e solicitar os dados para depósito do valor do livro (R$70,00) acrescido das despesas de envio. Uma oportunidade para ter acesso à 1ª edição de uma obra histórica, tanto pela sua importância individual, quanto pelo papel que desempenha dentro do conjunto da obra de Carlos Bernardo Loureiro.
Esta primeira edição é em formato 23,0 x 16,0 x 4,2 cm, contando com 868 páginas dedicadas à apreciação dos trabalhos de 143 pesquisadores, além de contemplar um capítulo dedicado ao autor e suas pesquisas, um outro aos Pesquisadores Pré-Kardecianos; introdução do próprio autor e prefácio de Cristiane Amaral, presidente deste Instituto. Também está à disposição, ao final, vasta lista de referências bibliográficas, para os interessados. Abaixo, o prefácio do livro:
“Ontem se encarnado completaria 66 anos. Este último arauto em defesa da pureza doutrinária do Espiritismo iniciou a confecção deste livro em 1996 e em 1999 o seu término. Agora o lançamos.
Este livro representa o estudo incessante de diversos pesquisadores do Espírito ao longo de 6 séculos. “Não são biografias”, assim dito pelo autor há alguns anos, mas uma pesquisa rigorosa e metódica, buscando material em suas viagens à Europa e, claro, elucidações autênticas de um pesquisador nato e um espírito polemista único.
Quando se estuda este livro poderá associar pesquisadores idôneos que desafiaram sua época, seus detratores com altivez e suas análises aos possíveis mecanismos dos fenômenos espiríticos ou supranormais – como os metapsiquistas assim classificaram. A cada pesquisador há uma coerência na dinâmica de suas investigações desde Paracelso até o querido pensador espírita Carlos Bernardo Loureiro.
A exemplo de Charles Richet, prêmio Nobel de fisiologia em 1912, no seu livro Tratado de Metapsíquica, nota-se o estudo de diversos magnetizadores antes dele e colegas de pesquisa, demonstrando um conhecimento ímpar sobre os fenômenos subjetivos e objetivos sem parti pris. Com as experiências de Julien Ochorowicz no campo da sugestão mental, os dois pesquisadores realizaram juntos excelentes sessões comprovando a influência psíquica entre duas ou mais pessoas. Este mesmo fenômeno é investigado por Ernesto Bozzano, que incentivado pelos artigos de Charles Richet escreve várias monografias como Metapsíquica Humana, Fenômenos de Bilocação, e, supera em teses o seu mestre em Fenômenos Premonitórios. E o nosso querido Carlos Bernardo Loureiro, realizando uma ponte entre estes pesquisadores, em suas pesquisas sobre a premunição, há no livro Das Profecias à Premonição a tese das fissuras no tempo e os mecanismos da premunição que não fora percebido pelos metapsiquistas.
Se formos referir sobre os raps há várias pesquisas sendo analisadas neste livro. Mas gostaria de me deter a uma tese de Bernardo, que outros como Hernani Guimarães Andrade não se referiu, ou Gabriel Delanne, nem o Mestre de Lyon, Allan Kardec, que seria o conduto psíquico, o qual é exercido pelos Espíritos Perturbadores, os que criam o fenômeno espirítico classificado como Poltergeist.
O autor contribui de forma jamais superada hoje e, tenho certeza, daqui a séculos, com este livro, pois ninguém se preocupou como ele, principalmente no universo espírita, depois de Carlos Imbassahy, Odilon Negrão, Leopoldo Machado, Deolindo Amorim, Cairbar Schutel, Ismael Gomes, Herculano Pires com a pesquisa espirítica. Só Carlos Bernardo Loureiro unindo diversos psiquismos juntamente com sérios espíritas, livre-pensadores, e não místicos que negam a pesquisa espirítica.
Sem este estudo não saberíamos que Leonid Leonidovich Vasiliev chegaria a ser o criador da Psicotrônica. Antes dele, Albert de Rochas com suas pesquisas a Reichembach com sua Força Ódica, destaca a exteriorização da sensibilidade raciocinando as forças ditas ocultas da feitiçaria, como o Vodun, nada mais sendo que a força psíquica gravada em objetos e/ou pertences do corpo físico captados pelos Espíritos, e assim criam um vínculo, locupletando seus desejos inferiores e insanos. Daí, chega-se a Semyon Kirlian com a máquina Kirlian fotografando a aura tão sentida por alguns médiuns pesquisados por Albert De Rochas, com uma dinâmica formidável das cores de um simples dedo, que Carlos Bernardo Loureiro afirmava várias vezes: termos luzes, não precisando de técnicas artificiais para nos iluminar. Com Motoyama, as fotografias dos chakras revelam-nos os milhares de liames psíquicos pertencentes ao Espírito através do Perispírito e sua projeção no corpo físico.
Só se tem a desvendar as potencialidades ontológicas do Ser através da pesquisa, completando o Mestre de Lyon, Allan Kardec, “sem a base científica, o Espiritismo não irá subsistir”.
Esta sempre foi a tarefa do autor deste livro e, aqui está este arcabouço em homenagem aos seus colegas de trabalho na luta incessante para a divulgação dos princípios existenciais: Reencarnação, imortalidade, comunicação entre os Espíritos nos dois planos, corpóreo e incorpóreo.
Bem apropriado este pensamento do notável pesquisador: “Creio que, um dia, os espíritas aceitarão como regra axiomática o princípio ao qual dediquei minha vida: o direito de pesquisar”.
Como não afirmar que sem este livro não saberíamos também que houve célebres gênios, jamais mencionado, em suas biografias, o estudo dos fenômenos espiríticos como Thomas Edson, Schopenhauer, Madame Curie, ou figuras notáveis esquecidas do movimento espírita brasileiro como Luís Olímpio Teles de Menezes, o verdadeiro Kardec brasileiro, assim classificado pelo autor deste livro, que, em 17/09/1865, fundou o 1° Centro Espírita da América Latina, o Grêmio Familiar do Espiritismo e o 1° Jornal Espírita, o Echo d’Além Túmulo. Mesmo escorraçado pelos religiosos, escória humana, de Salvador, perdendo o emprego no Instituto Histórico e Geológico da Bahia, mudou-se para o Rio de Janeiro, mas não deixou suas pesquisas aos fenômenos inteligentes e físicos, assim classificados por Kardec, conseguindo materializações de Espíritos e outros fenômenos.
Consegue-se, neste livro, realizar o desenvolvimento histórico das manifestações Espiríticas nos três continentes, observando as relações inteligentes de respeito e correspondências entre estes gênios, sem a prepotência, vaidade e arrogância tão presentes em ditos pseudo-pesquisadores tupiniquins. Temos Odilon Negrão em relação a Ismael Gomes, Isidoro Duarte Santos, Leopoldo Machado, Cairbar Schutel, Carlos Imbassahy, Herculano Pires e Deolindo Amorim; Gustave Geley com o Barão Albert von Schrenck-Notzing, Richet, Gabriel Delanne e Eugène Osty; Juliette Alexander Bisson e Madame Curie; Ernesto Bozzano e Paul Gibier; William Crookes, Zöllner a Aksakof. Este último deve ao pesquisador metapsiquista Karl du Prel a continuação da sua defesa às pesquisas Espiríticas contra as críticas de Von Hartmann, com o volume 2 de Animismo e Espiritismo escrito, claro, o volume 1, por Aksakof. Ou Frederic Myers, Edmund Gurney e Henry Sidgwick a fundação da Society For Psychical Research; Richard Hodgson e William James com a médium, em comum, senhora Piper; Hereward Carrington, Friedrich Jürgenson, Konstantin Raudive a George Meek. Tantas relações que salvaguardam o Espírito e suas potencialidades ontológicas durante 5 séculos, pois, o 6° é com Carlos Bernardo Loureiro.
São dezenas de pesquisadores que gostaria de mencionar ou todos, contudo, desnecessário, já que serão estudados “à exaustão”*. É sempre bom ressaltar a importância dos magnetizadores antes de Allan Kardec, pois, através deste livro, saber-se-á a conduta deles na investigação do magnetismo humano e suas conseqüências, a exemplo do estudo de Mesmer ou Agenor de Gasparin para chegar aos dados de Ian Stevenson, no século XX, sobre a Reencarnação que inspirou de forma determinante tantos a sua volta como Karl E. Müller, Banerjee, a Hernani Guimarães Andrade.
Este livro é um compêndio extraordinário em defesa das pesquisas inteligentes sobre o Espírito e seus fenômenos. Um instrumento para Espíritos ambiciosos que através da razão, e não do sentimentalismo, buscam alçar vôos fora desta situação degradante que nos encontramos, já que somos artífices de nossa própria miséria morais. Isto foi e sempre será a maior lição que aprendi com o autor deste livro, o maior intérprete da Doutrina dos Espíritos e “o último dos moicanos” em defesa da pureza doutrinária. Este baluarte continuou o trabalho de Paracelso a Kardec; William Crookes a Gustave Geley; Isidoro Duarte Santos, J. B. Rhine a Herculano Pires; Alfredo Miguel, Abel Mendonça, Aurelino Mota de Carvalho, Arapiraca** e a ele mesmo.
A gratidão de um Espírito que luta para deixar de ser ruim.
17 de abril de 2008.
Cristiane Amaral
(Presidente-Fundadora do Instituto de Cultura Espírita Carlos Bernardo Loureiro)”
*Termo sempre usado pelo autor quando ironizava a ausência de estudo dos “espíritas”.
** Grifo meu, pois não se apresentam no livro, mas mestres do autor nas lides espiritistas, caracterizados, principalmente os três últimos, na Desobsessão